Chopin – Sonata Nº 2 em Si bemol menor Opus 35
(Marcha fúnebre do Tubarão com óculos de massa)
Nas últimas gotas do cântico ilhéu
Espalha o sol, naquela tarde bucólica,
O toque do melífluo relógio pelo céu,
E o presságio libido da vontade fálica
Por debaixo dos óculos de massa
Observa obcecadamente a mão
Percorrendo de forma devassa
As teclas dicromáticas da solidão.
Com a outra, explora e acaricia
O corpo angelicalmente deitado
Sobre o leito, em que se delicia,
Atingindo o clímax com o seu amado
É uma tela de intermitente melodia canónica
Tocada nas aguarelas e pautas da clave de sol
Com instrumento e dedos em harmónica
Alcançando o seu desfecho no auge do Si bemol.
poema da obra: Ilhéu revolto