Sou a materialização do Ser oculto
Que nas vestes do corpo bafiento
Emerge da pele que cobre o vulto
Por entre os retalhos do sentimento
Que devora o desejo inoculo
Quando exprimido no frio
Do tremido e gélido arrepio
Do que soa a falso, no vernáculo.
A tinta gasta pelo pulsar do braço
Que palavra a palavra lacera do verso
Ao que o poeta define como seu traço.
O que junta letra a letra a digna opção
Do segredo que percorre de mão em mão
Do que escrevi, e nada fiz… o absurdo sou!
poema da obra: Ilhéu revolto