Por entre a mística de bruma da vontade atlântica
Ergue-se do mar revolto, Ilhas de pedra e lava vulcânica.
Envoltas em mistérios, cravados nas escarpas agrestes
Crescem, no basalto, verdes e fortes os ciprestes.
Gentes partidas da ocidental praia de Portugal
Moldaram-se aos ímpetos caprichosos da tempestade
Erigindo sobre austero arquipélago o seu graal
E o significado açoriano nas pegadas da eternidade
Sobre a marca no cascalho basáltico do areal
Ventos e vendavais fustigam os bustos de sal
Sismos e vulcões que um credo sempre alcança
Somos nós, o povo açoriano, quem carrega a herança.
poema da obra: Ilhéu revolto