A tatuagem da tua memória é cravada no subsolo da minha pele:
Pois que nasça sangrenta porque desconheço o feitiço das cinzas
Que fluem nas entranhas das minhas vísceras!
O passar da mão pelo corpo, sentindo todo arrepiado,
Por tocar o mais intimo do prazer
E ver o teu sangue escorrer pelo inesperado da minha pele:
Era a saudade, um gosto doce que saboreava na boca,
Antes da saliva pelo desejo de te ouvir
Vociferar o parcialismo presente no resto do mundo.
Era o rasgar do universo de palavras sem sentido
Não vendo nos olhos sedentos do amor,
O percorrer deste logro com as mãos calvas de adornos
Enquanto bebíamos do surreal prazer do insignificante desejo.
Ai! Que carnificina no teu corpo virgem.
O teu cheiro no bafo deles, amolgando o meu corpo rijo
São os beijos doces no amargo dos meus dias
De facto, tudo dito e nada feito, boa noite meus senhores!
Pomea da obra: Ilhéu revolto