domingo, 27 de setembro de 2015

Ou serei absurdo

     Ou serei absurdo


Sou a materialização do Ser oculto
Que nas vestes do corpo bafiento
Emerge da pele que cobre o vulto
Por entre os retalhos do sentimento

Que devora o desejo inoculo
Quando exprimido no frio
Do tremido e gélido arrepio
Do que soa a falso, no vernáculo.

A tinta gasta pelo pulsar do braço
Que palavra a palavra lacera do verso
Ao que o poeta define como seu traço.

O que junta letra a letra a digna opção
Do segredo que percorre de mão em mão
Do que escrevi, e nada fiz… o absurdo sou!


poema da obra: Ilhéu revolto

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